2016

Desde sua fundação em 2016, o Grupo de Desenvolvimento Aeroespacial (GDAe) tem se destacado como um projeto de extensão dinâmico na engenharia aeroespacial. Com um objetivo claro de pesquisar, projetar, fabricar e lançar foguetes experimentais, o GDAe rapidamente se estabeleceu como um grupo proeminente no cenário acadêmico e científico das universidades. Ao longo dos anos, enfrentou desafios, celebrou conquistas e contribuiu significativamente para a exploração do cosmos. Esta é a história do GDAe, uma jornada repleta de realizações e promessas para o futuro da exploração espacial.

2017/2018

Durante os anos de 2017 e 2018, o Grupo de Desenvolvimento Aeroespacial (GDAe) deu seus primeiros passos rumo à concretização de sua missão. Nesse período, foram realizadas importantes realizações que pavimentaram o caminho para o sucesso do projeto. A primeira bancada de testes e o sistema de ignição foram fabricados, representando marcos cruciais no desenvolvimento do grupo. Em parceria com equipes renomadas como Potiguar (UFRN), Carcará (UEMA) e Capital Rocket Team (UnB), o GDAe projetou e construiu a atual base de lançamento da COBRUF.

 

Para os primeiros testes na bancada, foi construído um motor a propelente sólido, destinado a ser o propulsor de um foguete de menor porte. O objetivo principal desses testes era validar o propulsor. A primeira bancada era móvel e o sistema de aquisição limitava-se à medida de empuxo. A proteção para a realização dos testes era feita com uma trincheira de sacos de terra.

 

Ao mesmo tempo, as primeiras ideias sobre a fabricação de um motor híbrido (movido a propelente sólido e líquido) começaram a surgir entre os membros do GDAe. Apesar das limitações e do pioneirismo do grupo, o GDAe já estava presente em eventos de divulgação científica. Destacam-se a participação no Corredor Cultural da UFC e na Feira do Conhecimento de 2018, promovida pelo governo do estado do Ceará.

 

Como parte de seus esforços para disseminar conhecimentos em engenharia aeroespacial, o GDAe organizou a primeira competição de foguetemodelismo da UFC, envolvendo alunos da disciplina de Introdução à Engenharia Mecânica. Além disso, iniciou discussões com a MOBFOG (Mostra Brasileira de Foguetes) sobre a realização da “Jornada Cearense de Foguetes”, uma competição destinada a divulgar atividades voltadas para ciências e astronáutica entre os jovens participantes.

Paralelamente às suas atividades práticas, o grupo também se dedicou à pesquisa. Durante esse período, o GDAe apresentou suas primeiras descobertas em uma série de artigos e periódicos, baseados nas experiências e pesquisas realizadas por seus membros. Além disso, iniciaram-se as negociações para o projeto de cooperação com o curso técnico do SENAI e o início do Projeto de software para cálculo de Trajetória, em parceria com o Núcleo de Práticas em Informática da Universidade Federal do Ceará – Campus Quixadá. Essas iniciativas marcaram um período de intensa atividade e progresso para o GDAe.

2019

No ano de 2019, o Grupo de Desenvolvimento Aeroespacial (GDAe) alcançou marcos significativos em suas atividades. Uma das principais conquistas foi a fabricação da bancada de testes para motores híbridos, juntamente com dois motores híbridos desenvolvidos pelo próprio grupo: o motor para testes da bancada (MH-250) e o motor que seria utilizado no foguete Hermes, denominado Agnes. Além disso, foi projetada a eletrônica a ser utilizada no Hermes, e foram conduzidos diversos estudos para o aprimoramento das técnicas de laminação na construção da fuselagem do foguete.

Outro destaque do ano foi o fortalecimento da parceria com o SENAI-CE, que teve início em 2018 e entrou em vigor em 2019. Por meio dessa colaboração, o grupo obteve maior liberdade para projetar peças mais complexas, impactando diretamente no desenvolvimento do projeto Hermes. Entre os projetos desenvolvidos em parceria com o SENAI estão a bancada de testes estáticos, os motores e a base de lançamento.

O reconhecimento do GDAe como uma referência no estudo e divulgação em Astronáutica no estado foi evidenciado por sua participação em diversas atividades ligadas à universidade, como o Pré-engenharia, CT quer você, Semana da Tecnologia e a Feira das Profissões interPET. Além disso, o grupo não se limitou ao campus e participou novamente da COBRUF, apresentando o projeto do foguete Hermes em sua estreia em uma competição nacional. Embora a competição tenha sido adiada e o GDAe não tenha concluído sua participação, o foguete Hermes foi destaque na Feira do Conhecimento 2019, atraindo entusiastas da tecnologia de foguetes e iniciantes no estudo da área.

Internamente, o ano de 2019 foi marcado por pesquisas e trabalhos científicos desenvolvidos pelo grupo, visando à iniciação científica dos membros e à construção de experiências na área técnico-científica. Esses trabalhos foram apresentados na COBEM 19 e abordaram temas como a avaliação experimental da queima de nitrato de potássio, sacarose e resina em motores sólidos, além da construção de um polinômio para análise de arrasto de paraquedas por meio de testes em túnel de vento. Essas atividades refletiram o compromisso contínuo do GDAe com a excelência científica e o avanço da engenharia aeroespacial.

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2020/2021

No desafiador ano de 2020, o Grupo de Desenvolvimento Aeroespacial (GDAe) enfrentou adversidades impostas pela pandemia de Covid-19, adaptando suas atividades para o formato remoto. Diante dessa nova realidade, o grupo concentrou seus esforços em atividades que poderiam ser realizadas à distância, como simulações, desenhos em CAD, elaboração de relatórios e outras tarefas semelhantes. Além disso, houve uma iniciativa para fortalecer a estrutura administrativa do grupo, resultando na criação de uma nova diretoria denominada Relações Institucionais, responsável por gerenciar as interações do GDAe com outras instituições, eventos, cursos e demais entidades.

No que diz respeito ao desenvolvimento tecnológico, o foco foi direcionado para o aprimoramento das tecnologias do foguete Hermes, o primeiro foguete de propulsão híbrida da Região Nordeste. Isso se deu por meio do protótipo de teste Thunder XI, que representou um avanço significativo nesse projeto inovador.

Paralelamente, o grupo avançou no desenvolvimento de um software próprio de trajetória, que alcançou um estágio avançado de produção durante o ano de 2020. Esse software é capaz de criar simulações de trajetória e gerar dados de lançamento por meio de uma interface de programação, facilitando a análise dinâmica do comportamento dos foguetes antes de seus lançamentos. Prevê-se que este software será testado, avaliado e utilizado como base para futuras pesquisas e publicações.

Um marco importante para o GDAe em 2020 foi sua participação ativa na criação da FENEA (Federação Nordeste Aeroespacial), uma iniciativa que reuniu equipes de foguetemodelismo da região com o objetivo de divulgar projetos, promover integração entre os grupos e impulsionar o desenvolvimento do setor aeroespacial no Nordeste. Essa participação reflete o compromisso do grupo em contribuir para o avanço tecnológico e superar o cenário de desinteresse ou desconhecimento pela área aeroespacial na região.

Apesar das dificuldades enfrentadas, o GDAe registrou avanços significativos em suas pesquisas, incluindo a automatização da fabricação de grãos propelentes, o desenvolvimento de uma bancada de ensaios com paraquedas e o projeto de guias de lançamento. No entanto, alguns projetos que exigiam atividades presenciais, como os testes estáticos do motor de foguete híbrido, tiveram que ser adiados devido à situação de saúde nacional. Mesmo assim, o grupo manteve seu compromisso com a produção científica e os valores fundamentais, mantendo a regularidade de suas atividades e aguardando ansiosamente retomar sua contribuição ativa para o desenvolvimento tecnológico no Ceará, Nordeste e Brasil.

2022

Em 2022, o Grupo de Desenvolvimento Aeroespacial (GDAe) da Universidade Federal do Ceará (UFC) enfrentou um período de desafios e transformações significativas. Após os impactos da pandemia de COVID-19, o grupo concentrou esforços na reconstrução da equipe e na reorganização de suas atividades. O ano foi marcado por um intenso trabalho interno, visando resolver questões organizacionais e fortalecer a base do grupo para os próximos projetos.

Nesse contexto, o GDAe passou por mudanças estruturais, incluindo o remanejamento de diretorias e a fusão de algumas áreas, devido à falta de membros causada pela pandemia. Essas adaptações foram fundamentais para garantir a continuidade das atividades do grupo e prepará-lo para os desafios futuros.

Mesmo diante dessas transformações, os membros do GDAe mantiveram um ritmo intenso de trabalho em seus projetos, com destaque para o desenvolvimento contínuo dos projetos Hermes e Thunder. O início do projeto do Thunder XII foi um dos marcos desse período, demonstrando a dedicação e o comprometimento da equipe em superar os obstáculos e avançar em suas metas.

2023

Já em 2023, o GDAe viveu um ano de grandes realizações e conquistas. Com a finalização do projeto Thunder XII, o grupo alcançou um marco importante em sua história, demonstrando sua capacidade de superação e inovação. Os testes finais do foguete foram um sucesso, sinalizando sua prontidão para futuros lançamentos.

Uma das conquistas mais significativas de 2023 foi a participação do GDAe no 1° Festival Regional de Minifoguetes (BAR), realizado em São Luís, Maranhão. A competição proporcionou à equipe a oportunidade de mostrar seu trabalho e competir com outras equipes de todo o país. O GDAe se destacou ao utilizar o Foguete Thunder XII para a competição, demonstrando o avanço e a qualidade de seus projetos no desenvolvimento de foguetes experimentais.

Além da participação na BAR, o GDAe também teve a oportunidade de visitar a base de lançamento de Alcântara, o que proporcionou aos membros do grupo uma experiência única e enriquecedora. A visita permitiu que a equipe conhecesse de perto as instalações e operações de uma base de lançamento, agregando conhecimento e inspiração para futuros projetos. Após a BAR, o GDAe iniciou o projeto do Thunder XIII.

Além das atividades relacionadas aos projetos de foguetes, o GDAe também passou por mudanças internas em 2023. Houve a mudança da sede do grupo para um espaço mais adequado, que permitiria uma melhor realização dos projetos e uma integração mais eficiente entre os membros. O espaço será dividido com outro projeto de extensão da UFC, o Aeromec.

Também houve a mudança de professor orientador, com a saída de Claus e a entrada de Carlos André. Claus desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento e sucesso do GDAe ao longo dos anos. Desde 2017, ele dedicou seu tempo e esforço para orientar e auxiliar os membros do grupo em seus projetos e atividades. Claus sempre esteve disponível para tirar dúvidas, propor soluções criativas e incentivar o aprendizado contínuo dos membros. Sua dedicação e comprometimento foram essenciais para o crescimento do grupo, pois ele não apenas orientava tecnicamente, mas também motivava e inspirava os membros a darem o seu melhor.